terça-feira, 11 de novembro de 2008

A bolsa colorida

Um pouco cansada Antônia caminhava com seu sapato vermelho, segurando a bolsa, era uma bolsa colorida, ela estava feliz. Sentou-se em um banco de madeira pra descansar e ficou observando uma casa com um longo corredor, era tarde, chovia e aquela casa lhe trazia paz, poderia ficar horas sentada lá olhando aquele eterno corredor e pensando, mas preferiu caminhar, talvez caminhar fosse a forma de sentir-se mais livre, e a chuva molhando os seus longos cabelos negros dava uma sensação de liberdade que jamais havia experimentado antes, ela gostava de caminhar sozinha.
Antônia tinha amigas(os), e gostava de sentir que suas amizades não eram passageiras, conhecia tão bem cada um dos que a rodeavam que só de olhar sabia dizer se estava tudo bem, gostava da alegria que suas amigas(os) lhe proporcionavam, quanto á ela, ninguém a conhecia bem, ela quis e escolheu ser assim. Na verdade Antônia tinha uma ligação muito forte com uma amiga, e tinha medo da ligação forte entre elas, ela tinha a magia de adivinhar seus pensamentos por mais que Antônia negasse sabia que tinha, também sabia que se quisesse não estaria sozinha naquela hora, mas ela preferiu estar sozinha. Sua família era grande dois irmãos e uma irmã, ela amava-os, as vezes discutia com um dos seus irmãos Fabrício, ele se tornara quase intolerável para ela, eram dias de discussões sem fim, as vezes sentia vontade de voar no pescoço dele, talvez fosse o jeito de fazer ele parar, não suportava escutar as palavras que ele dizia, Fabrício era impulsivo não pensava muito pra falar e com a mesma intensidade que falava o que queria esquecia minutos depois o que era dito, Antônia não, ela lembrava, ela lembrava e amava-o.
Antônia gostava do silêncio, mas sentia-se incomodada com o silêncio dos outros, apenas o silêncio dela era tolerável, ela quis e escolheu ser assim.
A chuva continuava caindo molhando suas roupas, seu cabelo, era fria, ela sentia frio, sentia-se viva e continuou a caminhar. Ao chegar em casa abraçou fortemente seu gatinho, deixou a bolsa colorida no chão.
Ela gostava de caminhar sozinha, quis e escolheu ser assim.
Antônia estava feliz.

4 comentários:

Unknown disse...

uau eu realmente amei esse texto,você é você.. e isso basta =)

dayla disse...

a Antônia é você paty

Unknown disse...

nossa deyla...
vc escreve muito bem mesmo...
nao tenho esse talento de inventar só sinto...
amo vc...

Débora =) disse...

próximo post eh meu!