domingo, 30 de novembro de 2008

E era tudo o que ela sonhava....

Todos os dias, ela se pegava ali, de olhos fechados, sonhando; como se ela pudesse fazer de tudo uma imagem que passava em sua cabeça...
Quem chegasse e olhasse ela ali, não entenderia o motivo pelo qual ela esboçava aquele sorriso, mas ela sabia! Ela sabia que aquele sorriso representava tudo o que ela sonhava.... Cada cena que ela montava em sua própria cabeça, era esboçada com aquele sorriso.

E com ele não foi diferente. Eles se conheceram e desde de o começo notaram que tinha algo que os fazia se sentirem conectados. E, a partir dali, ele passou a fazer parte dos sonhos dela.

Primeiro, ela sonhava com situações onde eles compartilhariam de coisas interessantes que tinham em comum e naquele momento, aquilo era tudo o que ela sonhava... Mas se tornou real! E cada vez mais, eles conversavam e descobriam o que tinham em comum. E então, os sonhos dela mudaram...


Então, ela passou a sonhar como seria legal se eles passasem mais tempos juntos, rindo e se divertindo e naquele momento, aquilo era tudo o que ela sonhava... Mas se tornou real! Os dois começaram a passar mais tempo juntos, se divertindo, passeando. E então, os sonhos dela mudaram...

Naquele momento, ela passou a sonhar como seria legal se pudesse dividir com ele toda as suas emoções, inclusive a angústia e ansiedade que muitas vezes tomava conta do seu coração e naquele momento, aquilo era tudo o que ela sonhava... Mas se tornou real! Ela passou a se abrir com ele e vice versa, e um dia chegou até a usar o ombro dele para chorar suas mágoas. E então, os sonhos dela mudaram...

Ela passou, não só a pensar, mas a olhar para ele de forma diferente. O que o tornava tão especial? Foi então, que um dia, ela estava sonhando com ele como de costume. Mas dessa vez, os dois não conversavam. E de um breve silêncio, aconteceu um beijo.

Deu um pulo e abriu os olhos! O sorriso saiu da sua face e buchechas rosadas tomaram o seu lugar! O susto foi tão grande que o coração não parava de bater acelerado.. Como poderia? Jamais imaginara os dois como havia feito a pouco.

Foi quando ela se deu conta de que naquele momento, aquilo era tudo o que ela sonhava... Diferente das outras vezes, ela não esperou que se tornasse real, mas ao mesmo tempo, ficou sonhando se ele sonhava com ela da mesma maneira.

E ela estava certa! Um belo dia, aquilo se tornou real! Muito mais do que ela imaginara, pois quando ele a beijou, suas pernas ficaram bambas, o coração acelerado e ela não queria jamais abrir os olhos para que aquele momento não terminasse.

Foi assim que ela descobriu que tornamos real aquilo que sonhamos. De olhos fechados descobrimos os nossos maiores desejos e anseios.

Aquele beijo ficou na memória e era tudo o que ela sonhara...

Postado por Cleide

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A bolsa colorida

Um pouco cansada Antônia caminhava com seu sapato vermelho, segurando a bolsa, era uma bolsa colorida, ela estava feliz. Sentou-se em um banco de madeira pra descansar e ficou observando uma casa com um longo corredor, era tarde, chovia e aquela casa lhe trazia paz, poderia ficar horas sentada lá olhando aquele eterno corredor e pensando, mas preferiu caminhar, talvez caminhar fosse a forma de sentir-se mais livre, e a chuva molhando os seus longos cabelos negros dava uma sensação de liberdade que jamais havia experimentado antes, ela gostava de caminhar sozinha.
Antônia tinha amigas(os), e gostava de sentir que suas amizades não eram passageiras, conhecia tão bem cada um dos que a rodeavam que só de olhar sabia dizer se estava tudo bem, gostava da alegria que suas amigas(os) lhe proporcionavam, quanto á ela, ninguém a conhecia bem, ela quis e escolheu ser assim. Na verdade Antônia tinha uma ligação muito forte com uma amiga, e tinha medo da ligação forte entre elas, ela tinha a magia de adivinhar seus pensamentos por mais que Antônia negasse sabia que tinha, também sabia que se quisesse não estaria sozinha naquela hora, mas ela preferiu estar sozinha. Sua família era grande dois irmãos e uma irmã, ela amava-os, as vezes discutia com um dos seus irmãos Fabrício, ele se tornara quase intolerável para ela, eram dias de discussões sem fim, as vezes sentia vontade de voar no pescoço dele, talvez fosse o jeito de fazer ele parar, não suportava escutar as palavras que ele dizia, Fabrício era impulsivo não pensava muito pra falar e com a mesma intensidade que falava o que queria esquecia minutos depois o que era dito, Antônia não, ela lembrava, ela lembrava e amava-o.
Antônia gostava do silêncio, mas sentia-se incomodada com o silêncio dos outros, apenas o silêncio dela era tolerável, ela quis e escolheu ser assim.
A chuva continuava caindo molhando suas roupas, seu cabelo, era fria, ela sentia frio, sentia-se viva e continuou a caminhar. Ao chegar em casa abraçou fortemente seu gatinho, deixou a bolsa colorida no chão.
Ela gostava de caminhar sozinha, quis e escolheu ser assim.
Antônia estava feliz.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

caixinha de recordação

E de repente veio uma vontade de abrir o guarda-roupa e pegar aquela caixinha onde estava guardada uma grande parte sua vida, ela que sabia que lendo tudo que estava lá talvez pudesse entender por que resolveu ser assim, sentia medo, então continuou deitada se controlando para não levantar, ficou horas lá, até que foi vencida pelo sono.E no outro dia, a menina não conseguia tirar a caixinha da cabeça e nem as palavras que um padre disse a ela, ela queria entender, temia, mas queria entender o que ela mesma já sabia, então ao anoitecer quando todos na casa estavam dormindo ela levantou-se da cama e foi rumo ao guarda-roupa, sentiu vontade de desistir, mas continuou, e com a caixinha em mãos começou a lembrar, foi desfazendo o nó e lembrando -se do dia que resolveu dar um fim aquela caixa, na verdade a menina queria ter enterrado-a, mas como não pôde amarrou uma corda ao seu redor, e foi aquela corda que a impediu de abrir durante anos.Começou lendo orações, novenas que foram feitas e guardadas, a menina um dia precisou disso e em vão confiou desesperadamente nessas orações, mas agora ela não sentia raiva, sentia um aperto no coração,e antes que esse sentimento pudesse mudar ela pegou um grande envelope e lá encontrou o que tanto procurava, lá estava as palavras do padre, do jeito que ele havia falado, e ele tinha razão, agora ela lembrava de tudo que já havia escutado, ela sempre se deixou levar pelas pessoas, ela não era dela, talvez sua vida fosse mais dos outros do que dela mesma. Ela tinha tanto medo, sentia que não conseguiria e não poderia falar o que realmente sentia, é como se ela não pudesse lutar pelo que queria por que as pessoas achavam que não era o certo, e assim ela fez, e para não guardar tudo só pra ela começou a escrever, e lá estavam em minhas mãos às cartas, trinta e seis cartas que jamais foram lidas. A menina sentiu raiva vendo aquelas cartas, agora não tinha mais o que fazer com elas, era tarde para alguém ler, era tarde, e mesmo assi, ela que chorava sabia que se pudesse fazer diferente teria feito tudo igual, aquele medo ainda era dela, ela ainda precisava dos outros para lhe dizer o que é o certo.E ela que agora compreendia uma das frases daquele padre “você é uma águia e luta com se fosse um passarinho", nada podia fazer, nada queria fazer.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Se tem uma coisa que realmente me irrita é falação, e isso minha familia entende bem, também imagina, minha vó tem seis filh(AS), cinco genros, desses vieram oito net(AS) e apenas três net(OS), as vezes é até dificl lembrar que eu tenho primos, é tanta mulher falando e falando.
Esse fds, pra ser mais clara sábado, eu e minhas primas resolvemos levar uma tia pra dar uma volta ao shopping, tadinha, ela tava querendo faz tempo, tava meio tristinha, então por que não né?PQ NÃO?
nossa agora tenho uma lista de motivos para não sair com ela, ela simplesmente me desorientou, resolveu falar da minha vida, resolveu saber mais do que eu da minha vida, não contente ainda houve um boato(verdadeiro) que ela estava tentando afastar minha prima de mim, disse que era melhor ela não andar comigo, era perigoso por que qualquer dia desses eu ia apanhar na rua (um primo arrumou confusão na rua, agora onde eu entro, não faço ideia), depois de várias conversas comecei a achar que ela tem algo contra a minha pessoa, gente ela falou que eu meu cabelo parece uma crina, que eu sou brega( por que eu uso lenço), que deveria mudar meu estilo, no carro pensei que ela fosse ter um momento de simpátia comigo, ela disse:
Dayla, mas é isso que você quer pra você?
(a pergunta era tão séria, que até fiquei em dúvida, mas respondi)
sim tia, acho que sim
fala de novo pq não escutei, você quer?
acho que sim
quer?
acho que sim
você quer então?
puta que pariu, já respondi a bosta da pergunta três vezes, e vc não escutou, não respondo mais.
então você vai ter que mudar tudo, tá tudo errado, você precisa mudar seu estilo, seu cabelo, e seu jeito....
você tá louca né? eu não mudo pra agradar ninguém (fiquei realmente irritada com o comentário, e com razão) depois dessa resolvi abstrair tudo que ela havia falado. Então a noite lá estava ela, sentada na mesa perto de mim, e começou tudo de novo, os mesmos comentários, ai eu tive que falar (não sei nem como consegui) falei:
nossa pode parar, agora é sério já me irritou, para de ficar palpitando na minha vida, você quer saber mais do que eu, de mim?do mesmo jeito que você fala das pessoas, elas falam de você...
(consegui até hoje ela não me falou mais nada)....hahahahhah
Me senti até leve, depois que saímos da festa fomos todos passear( sem tia), mas tava tão divertido, gente como uma simples música pode fazer milagres? rimos tanto, tanto, o que era pra ser apenas uma voltinha durou até 2:30 da manhã, e foi quando resolvemos voltar pra casa, minha irmã tava desesperada querendo assistir filme, ai aconteceu a outra cena, entramos em casa, fomos para a sala e quem acorda?minha mãe, toda preocupada, comigo? não com o carro dela...
Dayla, você chegou com o meu carro agora? (2:30Hrs)
(todas em pé, tinhamos acabo de entrar na sala)
não mãe, nossa faz muito tempo.
vocês não iam assitir filme?
assitimos, estamos em pé por que acabou de terminar
ah então tá...
hahahhahahhahhah
pecado, e o filme? nossa não vi quase nada, mas não perdi muito, por que toda hora que eu resolvia assitir tava a mesma coisa....
5 horas da mnhã estava eu no meu quarto com as minhas primas, perdemos o sono e resolvemos conversar....o assunto? aborto...ficamos discutindo sobre o tema, e quando percebemos quase demos um trem de tanto rir...
E o domingo, nossa foi uma delicia, eu e minhas primas resolvemos fazer um chocolate quente,e assistir alguns filmes na casa da minha vó.....
quem quiser a receita do chocolate quente pode anotar:
.2 barras de chocolate ao leite
.1 barra de chocolate meio amargo
.1 lata de brigadeiro
.leite condensado
.licor
.e finalmente o leite...
hahahhahhahahhahhah
Minha vó disse que o ralinho da pia também A-D-O-R-O-U a receita....

Gente melhor do que terminar um fds assim é saber a programação para o próximo...
Todos comemorando, dançando, pulando até que:
Ah não, vó mas não pode ser....como eu vou fazer dormindo no mesmo quadrado que ele?
ué, mas você já fez isso tantas vezes
mas agora é diferente
todos em silêncio pensando em uma solução para o meu problema
hahahahhahhahahhahah

até agora não encontramos....

domingo, 7 de setembro de 2008

Tinha tudo pra ser um péssimo dia
Motivos:
1. Minha prima dormiu no meu quarto
2. Minha prima estrala os dedos de manhã
3. Os cachorros começaram a latir
4. Meu pai começou a cantar
5. Eu estava sem voz

O detalhe importante de tudo isso é que eu não estou com TPM, estou até calma, e pensa logo de manhã ter que enfrentar tudo isso não é fácil, e eu tive que enfrentar.
conselho: Não queira me acordar de manhã, deixa eu quieta, deixa eu despertar sozinha.
Bom vou falar da tarde, vamos para os momentos felizes, por que de manhã, de manhã eu não existo.
Ainda estava eu com meu humor alterado quando resolvi sair e ir para a casa da minha vó, bom lá não sei até agora o que fui fazer, pois fiquei sentada tentando convencer minha prima de ir ao grupo de orações comigo (ela foi quase a responsável pelo meu péssimo estado de espirito, tinha que me ajudar de alguma forma) o que foi em vão, pois ela não foi, então fui com minha amiga, na verdade a ideia de ir ao grupo partiu dela (será que eu estava tão chata a ponto de precisar de tanta oração assim?) então fomos, chegamos 2hrs adiantadas para a missa, eu estava ansiosa, disseram que seria legal, na noite anterior teve exorcismo, e nesses grupos eles sentem até o que não sentimos, eles sabem mais do que nós (não estou sendo irônica), na verdade eles ajudam a gente a enchergar melhor as coisas, parece mágica mas as pessoas costumam sair de grupos assim renovadas, e lá estava eu prontinha para receber qualquer conselho, qualquer bronca pelas minhas atitudes, qualquer graça, mas pergunta se eu fiquei até o final? meu celular tocou tive que ir embora bem antes de escutar qualquer coisa, e acabo de chegar a uma conclusão, quando Deus quer tocar nos nossos corações ele toca, nem adianta fugir (fiz isso em um grupo de orações que participo, o padre veio andando em minha direção com o santissimo e eu olhei bem pra cara dele e disse: Ah não, eu não, o que não adiantou muito por que ele veio do mesmo jeito,e valeu a pena escutar tudo que ele tinha pra me falar) bom voltando, se fosse para eu ficar lá o padre poderia ter gritado: Você que está indo embora, não vá por isso, por aquilo e tal, e como não aconteceu, e fui....
Bom acho que eu começei a existir esse domingo bem tarde, mas o importante é que comecei, e de repente todo aquele estado de espirito ruim foi embora, eu parecia outra pessoa, tinha alegria pra dividir, bom poderia até dividir com a minha PRIMA, poderia até mais, poderia deixar ela dormir no meu quarto mais uma noite (mas uma pena ou não, ela não estava comigo naquele momento) concluindo, lá estava eu toda feliz depois de um dia infernal.
É exatamente isso, Deus mudou o meu dia naquele momento de oração que tive que sair.

Sem mais estou de partida
adeus.

=)



ah Larinha você bem que podia fazer a gentileza de colocar uma música mais feliz no meu blog né?
meu estado de espirito mandou te pedir....hahahahha

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sobre o Fds
A semana passada poderia ser descrita como a semana da espera, desde segunda já estava eu contando os dias para chegar o fds e poder reunir todo mundo, e olha que Deus ouviu minhas preces foi uma semana rápida, talvez por eu ter arrumado ocupações todos os dias, segunda compras de biquini e filme a noite com as amigas, terça grupo de oração e ligações noturnas, quarta ah quarta eu preciso escrever mais, merece, estava eu aqui em casa quando recebo uma ligação, a voz do outro lado dizia "por favor, vamos no buteco comigo, acordei sentindo que preciso ir lá" e a voz me convenceu, até por que pra ela não existe a palavra "não", fomos eu, a voz e mais três pessoas muito bem escolhidas por sinal, e não é que a voz tinha razão, como estava divertido, na quinta fiquei o dia todo incomunicável, consequência da noite anterior, mas quem me ligou escutou a voz que estava com o meu cel, ahahhaa a noite reunimos a família para comemorar o aniversário da minha mãe, que por sinal saiu de casa e deixou todos os seus sobrinhos e sobrinhas aqui (perigo), mas como na noite anterior, rimos muito, e a noite acabou como a outra mesmo, no mesmo lugar, as mesmas cenas, mas sem esquecer objetos dessa vez.
Agora sobre o fds
Na sexta acordei muito feliz, a tarde fui para o rancho com a minha tia e a noite fui para o meu, com os meus pais, e lá foi engraçado, minha prima e meus primos chegaram um pouco depois, ai ficou assim, uma olhadinha daqui, um sorriso de lá, e aquela vergonha, para não piorar o clima resolvi ir dormir, e no outro dia na festa entregamos tudo a Deus, como diria a minha prima, no começo da festa o mesmo clima (vergonha), um pagode ali, umas primas assanhadas pelo som de lá, e depois que todos foram embora, começou a festa pra nós, e começou a ser descoberto os bafões, acho que demos na cara né? e a noite terminou no meu rancho com risadas, tequila, vodka, narguilé com halls preto, violão, mais bafões, em público desta vez, Nando Reis, tia olhando pela porta não acreditando no que estava vendo (não mandei você olhar), primos menores assustados e curiosos, primos felizes, primos, primos, chega de primos hahahhaha, fui dormir.
No domingo resolvemos continuar a esconder o que já estava todo mundo sabendo, então tomei sol, nadei e assim fiquei a tarde interia com as minhas primas, mas quase na hora de ir embora, todo aquele cuidado e disfarce acabaram em segundos com uma volta de carro, bom como eu sou uma pessoa muito discreta consegui voltar para o rancho como se nada tivesse acontecido novamente, como é bom o ar do mistério, gosto de correr risco cheguei a essa conclusão, e agora concordo com as minhas amigas, uma aventura realmente me atrai, tirando as piadinhas sem graças de alguns parentes, e os comentários sem noção das minhas primas, foi um fds excelente, e na volta todos pareciam estar de luto no carro, um silêncio absoluto, acho que ninguém queria ter ido embora, por mim ainda estaria lá.
E pra fechar a noite sai com as minhas amigas da facul pra comemorar o niver de uma delas, sabe aquela pessoa especial que vc fica bem só de estar perto, é ela, ela é a mãezona, a que cuida de todos, ajuda todos, ela é minha voz da proteção.

domingo, 17 de agosto de 2008

Vamos brincar de viver?
Foi isso que eu escutei hoje, e não pude deixar de sentir um certo interesse pela brincadeira, apesar de sentir que ja estava brincando, queria mais, muito mais, se pudesse colocaria regras no jogo, queria brincar de um jeito alegre onde só valesse ser feliz e dar boas risadas, onde todos pudessem sair vitoriosos e pudesse dizer com orgulho que levou o maior prêmio, que soube jogar, e levou da vida aquilo que mais lhe importa. Mas teríamos que saber brincar, e como em qualquer jogo, sempre vamos perder algo, talvez por um erro bobo, por cansar de ganhar sempre, por sacanagem de alguém, ou até mesmo por falta de confiança e vontade de chegar ao final, por que tem hora que cansa, tem hora que você está lá e parece que nada muda, você não consegue progredir, então é mais fácil abrir mão do prêmio, entregar na mão de outra pessoa, e ficar assistindo o vencedor, talvez pudessemos reunir e criar uma outra regra, que seria, a recuperação, onde todos pudessem jogar novamente, mas novamente alguém perderia, por que na vida é assim, sempre vamos perder e ganhar, bem lembrado "na vida", por que na nossa brincadeira não, no nosso jogo vai ser tudo diferente, vamos só ficar ganhando, não haverá tristeza pelas perdas, não teremos tempo para isso, vai ser tudo alegria, só alegria, uma atrás da outra, um riso depois uma bagunça, depois uma experiência, outra, amigos, mais risos e alegrias com eles, o nosso jogo será esse, será ser feliz, mas não esconderemos dos participantes que apesar de pura felicidade, não poderemos entregar o prêmio, na verdade ele nem existirá, vamos estar felizes de mais pra pensar em alguma coisa que queremos, vamos ficar só aproveitando a brincadeira, brincando, brincando e brincando, e talvez quando cansar da brincadeira vamos perceber que não deviamos ter brincado de viver, deviamos ter vivido.



"Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige".
Clarice Lispector