domingo, 17 de agosto de 2008

Vamos brincar de viver?
Foi isso que eu escutei hoje, e não pude deixar de sentir um certo interesse pela brincadeira, apesar de sentir que ja estava brincando, queria mais, muito mais, se pudesse colocaria regras no jogo, queria brincar de um jeito alegre onde só valesse ser feliz e dar boas risadas, onde todos pudessem sair vitoriosos e pudesse dizer com orgulho que levou o maior prêmio, que soube jogar, e levou da vida aquilo que mais lhe importa. Mas teríamos que saber brincar, e como em qualquer jogo, sempre vamos perder algo, talvez por um erro bobo, por cansar de ganhar sempre, por sacanagem de alguém, ou até mesmo por falta de confiança e vontade de chegar ao final, por que tem hora que cansa, tem hora que você está lá e parece que nada muda, você não consegue progredir, então é mais fácil abrir mão do prêmio, entregar na mão de outra pessoa, e ficar assistindo o vencedor, talvez pudessemos reunir e criar uma outra regra, que seria, a recuperação, onde todos pudessem jogar novamente, mas novamente alguém perderia, por que na vida é assim, sempre vamos perder e ganhar, bem lembrado "na vida", por que na nossa brincadeira não, no nosso jogo vai ser tudo diferente, vamos só ficar ganhando, não haverá tristeza pelas perdas, não teremos tempo para isso, vai ser tudo alegria, só alegria, uma atrás da outra, um riso depois uma bagunça, depois uma experiência, outra, amigos, mais risos e alegrias com eles, o nosso jogo será esse, será ser feliz, mas não esconderemos dos participantes que apesar de pura felicidade, não poderemos entregar o prêmio, na verdade ele nem existirá, vamos estar felizes de mais pra pensar em alguma coisa que queremos, vamos ficar só aproveitando a brincadeira, brincando, brincando e brincando, e talvez quando cansar da brincadeira vamos perceber que não deviamos ter brincado de viver, deviamos ter vivido.



"Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige".
Clarice Lispector

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Flash Back

Essa semana fomos visitar uma amiga que ganhou nenem... A Manuela (foto), tem apenas 1 semana de vida...
Quando estavamos la e eu peguei ela no colo, fiquei olhando pra ela e imaginando quantas coisas ela vai viver; quao grande eh o mundo que ela vai explorar; e o quanto ela vai ter que aprender a desvendar e apreciar os misterios que a vida colocar na frente dela.
Fiquei um poco assustada em pensar tambem em todas as decepcoes e perigos que ela podera correr na vida.. Mas decidi deixar essa parte de lado e me ater ao fato de que ela vai passar uns bons (proximos) anos da vida dela sendo crianca.
Quem nunca se pegou dizendo que gostaria de ser crianca novamente?? Quem nao gostaria de ir pra escolinha, brincar na hora do recreio, brincar de pega-pega, pique esconde, jogar bolibete na rua; dormir e acordar sem pensar na inflacao, na bolsa de valores, na menina que voce acha que quer te roubar o namorado ou em como vai pagar aquela conta que ficou atrasada? Eu pelo menos, adorararia!
O cliche de "ser como uma crianca inocente" pode comecar a ser reavaliado... Isso acontecia na nossa epoca, quando exista o bozo, a vovo mafalda, o balao magico e o tom e jerry e nao Creu, Eh o Tchan, Dragon Ball Z, mulher melancia e etc...
Isso tudo passou na minha cabeca nos poucos minutos que fiquei com ela no colo. Voltar a ser crianca, apesar de impossivel, eh tentador.. Eh tentador ser voce mesmo, nao desconfiar das outras pessoas e, pela propria natureza, desejar bem as pessoas que te rodeiam.

Nao da pra voltar a ser crianca, mas da pra explorar o que temos de melhor dentro de nos e, como esses pequenininhos, deixarmos transparecer o que na vida nos deixa feliz.

Ta na hora de olhar pra dentro de si e descobrir aquil que ainda vale a pena lutar... Ta na hora de cada um ser o que eh e assumir os riscos por isso...

POSTADOR POR: Cleide

obs: Meu computador esta sem acentuacao.. desculpas por isso..

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sempre fui de pensar em todo mundo antes de mim, eu sempre fui pra mim a pessoa mais desconhecida, eu sempre me desprezei, pois nunca tive tempo para mim, são sempre os outros, os outros, até quando as pessoas não merecem elas estão na frente da minha prória vida, e sempre que eu tento mudar vem aquela voz bondoza na minha cabeça: não faça isso, você precisa estar do lado dessa pessoa quando ela precisar, ou se não a tal voz fala: você não é assim, reza pra essa pessoa", pois bem, cansei de escutar essa voz, pode parar de ficar falando na minha cabeça, você só fica falando, falando, não sei se eu ajudo as pessoas quando escuto você, mas você não tem me ajudado muito, e lá vem você de novo falando na minha cabeça, eu não vou arrepender de não te escutar dessa vez, pode falar que eu não estou nem ouvindo, e eu não sou louca, mas é que essa voz me perturba as vezes. Bom fica na sua que eu vou falar tudo, essa voz está me atormentando agora, por que eu resolvi mudar, não quero cometer os mesmos erros novamente, então estou excluindo da minha vida pessoas que eu não confio mais, pessoas que hoje eu não reconheço mais, como a gente se engana com os outros né, há um tempo atrás (4 anos) eu saberia perdoar e aceitar tudo, mas hoje não, bobeira cometer os mesmos erros, é se enganar de mais, bom se alguém chegar a ler isso e se sentir tocado com medo de ter me magoado algum dia, eu sugiro que você se preocupe, e que por favor se foi muito sério o seu erro, finja que não me conhece por que com certeza eu vou finjir que nunca te vi antes, e a vergonha vai ser toda sua de não ser reconhecido(a), quando eu sinto afinidade pelos outros faço de tudo por eles, mas também consigo me desencantar tão fácil, comigo quero só pessoas verdadeiras e essas pessoas eu vou querer tão bem, elas eu vou protejer, vão estar guardadas na minha voz e por elas eu vou rezar toda noite, e eu já reconheço cada uma.

"Mas alguma coisa tinha morrido em mim.E,como as histórias que eu havia lido sobre fadas que encantavam e desencantavam pessoas,eu fora desencanta;não era mais uma rosa,era de novo uma simples menina."
Clarice LispectorP

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Estou chegando onde queria, estou dando um tempo pra mim mesma, estou aprendendo a me escutar, a verdade é que agora percebo que sempre tive medo de mim, sempre gostei muito de escutar meus amigos e de ajudá-los, se pudesse resolveria todos os seus problemas, com o maior prazer, agora não venha querer conversar comigo sobre minhas inseguranças, e por favor não me pergunte "o que você tem?", eu não sei falar de mim, e essa pergunta com certeza me faria chorar, então seria obrigada a me afastar antes disso acontecer ou então a ficar em silêncio. Vontade é o que não me falta de sair gritando para o mundo que eu tenho medo disso, não gosto quando acontece isso, sinto raiva daquilo, mas não consigo, já me chamaram de orgulhosa, de boba, teve gente que até chorou comigo por eu ser assim.
Teve um tempo que eu tentei mudar, e até consegui, falava algumas coisas, na hora aquilo me fazia tão bem, poxa eu conseguia falar, mas depois vinha todo aquele sentimento ruim outra vez, aquele medo de machucar as pessoas que haviam de certa forma me machucado, eu ficava lá pensando e me culpando por ter falado, por que a gente precisa complicar tanto? não dá pra pensar antes de falar uma boberia, de brigar com alguém?Seria tão simples se fosse assim, pelo menos pra mim facilitaria muito, mas não seria o caminho certo, pois estaria fugindo e foi isso que me fez pensar e chegar a conclusão que eu me sufoco, eu não sei sentir medo, não sei lidar com os meus sentimentos, na verdade nem sei o que sinto, pois vivo fugindo de tudo, então ontem resolvi mudar, resolvi tirar um tempo pra mim, eu preciso me conhecer melhor, preciso aprender a me escutar e princilpamente a não fugir de mim.


Parece-me que pela primeira vez estou sabendo das coisas. A impressão é que só não vou mais até as coisas para não me ultrapassar. Tenho medo de mim, não sou de confiança e desconfio do meu falso poder."
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Clarice Lispector

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Domingo quando olhava uma comunidade no orkut, achei uma poesia que me chamou atenção, na verdade nem sei por que, pois falava de pessoas impulsivas, e eu não me considero assim, pelo contrário sempre fui de pensar muito antes de tomar alguma decisão, talvez seja besteira minha mas sempre penso no que pode acontecer se no outro dia perceber que tomei a decisão errada, acho que sofreria horrores, pois não saberia ter a humildade de consertar os meus erros, e teria que conviver com essa dor. Talvez pensar tanto não seja a melhor forma de tomar uma decisão, talvez o certo seja mesmo pensar e agir, "deu vontade vai lá e faz", as consequências com certeza devem ser parecidas de qualquer forma ou não. Acho que na verdade eu sou o que se chama de pessoa indecisa, por que nunca sei o que quero, talvez saiba (ainda tenho dúvidas sobre isso), na verdade o que me falta é maturidade.
A poesia:
E sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei."

Clarice Lispector